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"Percebo agora, em retrospectiva, que a fuga de Dewey foi um ponto de viragem, uma última aventura no fim da juventude. Depois disso, contentou-se com a sua sorte: ser o gato residente da Biblioteca Pública de Spencer, um amigo, confidente e embaixador de boa vontade para todos. Passou a receber as pessoas com um novo entusiasmo. aperfeiçoou a arte de se estender no meio da secção de não-ficção para adultos, onde podia ser visto de toda a biblioteca, mas havia espaço suficiente para as pessoas passarem sem o pisarem. Se estivesse num estado de espírito mais pensativo, deitava-se de barriga para baixo, com a cabeça levantada e as patas da frente cruzadas à frente do corpo numa pose casual. Chamávamos-lhe a Pose de Buda. Dewey era capaz de ficar nessa posição uma hora, como um homenzinho gordo em paz com o mundo. A sua outra posição preferida era todo esticado, de costas, com as patas espetadas cada uma para seu lado. Ficava completamente mole e relaxava todos os músculos.
É espantoso como, quando paramos de correr e nos esparramamos, o mundo vem até nós."
(Dewey - o gato que comoveu o mundo, Vicki Myron)
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